Consumo Alimentar na Gestação e sua Influência na Retenção de Peso Pós-Parto


No Brasil, as taxas de obesidade têm alcançado magnitudes elevadas em todas as camadas da população, chegando a 16,9% entre as mulheres adultas. Entre as mulheres no período da gestação em especial, alguns estudos têm revelado que esses valores chegam a patamares ainda maiores, de até 37%.
A gestação tem sido considerada um fator de risco independente para o desenvolvimento de excesso de peso. Apesar de o ganho de peso estar relacionado com as reservas de energia para o desenvolvimento do bebê e para o período de lactação, seu excesso está diretamente relacionado com desfechos negativos como hipertensão materna, macrossomia e sofrimento fetal, trabalho de parto prolongado, parto cirúrgico, hemorragias pós-parto e trauma fetal.
O excessivo ganho de peso gestacional predispõe, ainda, à obesidade pós-parto e às suas complicações. Em estudo realizado a partir dos dados de cinqüenta Pesquisas Demográficas de Saúde em países em desenvolvimento, destacou-se a importância do ganho ponderal excessivo na gestação e da retenção de peso após o parto como fatores responsáveis pelo aumento da prevalência de sobrepeso em mulheres em idade fértil, principalmente nos países da América Latina.
Diante desse contexto, foi realizado um estudo derivado de uma coorte de gestantes saudáveis com o objetivo de avaliar a influência do consumo alimentar durante a gestação sobre a retenção de peso 15 dias após o parto. Esse trabalho é resultado de um projeto de mestrado do Programa de Nutrição em Saúde Públicas da Faculdade de Saúde Pública da USP e recentemente foi publicado na Revista de Saúde Pública. Faz parte de um projeto maior intitulado “Impacto da atividade física e da orientação alimentar durante a gestação sobre o ganho de peso gestacional e desfechos da gravidez”.
Foram acompanhadas 82 gestantes adultas e saudáveis durante consultas de pré-natal em cinco Unidades Básicas de Saúde no Município de São Paulo, SP, entre abril e junho de 2005. Calculou-se a retenção de peso pela diferença entre a medida de peso pós-parto e a primeira medida realizada.
O índice de massa corporal (IMC) médio no início da gestação foi de 24kg/m2 e a retenção média de peso foi de 1,9kg. A média de ingestão foi de 1922,7kcal; a quantidade média ingerida de gordura saturada foi de 20,6g e a porcentagem de energia proveniente de alimentos processados foi de 20,4%. A média densidade da dieta das gestantes foi de 1,9 kcal/g. O aumento do consumo de gordura saturada, e alimentos processados elevaram de forma significativa a retenção de peso pós-parto, após ajuste pelas variáveis de controle. As demais variáveis de consumo alimentar não apresentaram relação significativa com a retenção de peso pós-parto.
Compreender as alterações na dieta durante e após a gestação e seus efeitos sobre o ganho de peso, pode contribuir para formulação de intervenções eficazes neste período, para a prevenção da obesidade e outras doenças relacionadas.
                                                                                                                          

Revista CRN3


Parasitoses Intestinais


Parasitoses intestinais são infecções causadas por parasitas. Consiste em um problema de saúde pública mundial e estão ligados às condições de saneamento básico, educação e habitação.
Parasitoses intestinais que possuem relação com a alimentação:

Giardíase:

Caracterizada por diarréia amarelada, principalmente em crianças, e que pode ser acompanhada de desnutrição.
Transmissão:
n      Águas não potáveis ou contaminadas com cistos;
n      Alimentos contaminados;
n      Mãos sujas;
n      Contato direto ou indireto com as fezes contaminadas;
n      Insetos coprófagos (que se alimentam de fezes);

Toxoplasmose:

Conhecida como a doença do gato. Sua transmissão se dá por três vias:
n      Ingestão de cistos do solo, areia, latas de lixo ou qualquer lugar onde os gatos defecam em torno das casas e jardins, disseminando-se através de hospedeiros transportadores como moscas, baratas e minhocas;
n      Ingestão de cistos de carne crua ou mal cozida, especialmente de porco e carneiro;
n      Infecção transplacentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriram a infecção durante a gravidez.
Na maioria das vezes a infecção inicial é assintomática. Às vezes ocorrem sintomas como erupções cutâneas, acometimento pulmonar, miocárdio, hepático ou cerebral. Há casos em que ocorre pneumonia difusa, inflamação do miocárdio, inflamação muscular, hepatite e inflamação do cérebro.

Teníase/Cisticercose:

Doença conhecida como solitária.
Transmissão:
O homem doente, ao evacuar a céu aberto, contamina o meio ambiente com ovos. O suíno ou o bovino ao ingerirem fezes humanas adquirem a doença também. Ao alimentar-se com carne suína ou bovina, mal cozida, contendo cisticercos, homem adquire a doença.

Ascaridíase:

Doença conhecida como bicha ou lombriga. Sua transmissão se dá pela ingestão de ovos infectantes em alimentos contaminados, poeira e insetos.
Pode haver pequenas hemorragias e necroses no fígado. Nos pulmões as larvas chegam aos alveólos com hemorragia. Pode haver pneumonia, edema, febre e bronquite. O catarro pode ser sanguinolento.
Pode causar subnutrição, urticária, edemas, convulsões, irritação intestinal, apendicite, pancreatite e eliminação pela boca e narinas.

Enterobíase ou oxiuríase:

Doença que permite a autocontaminação. Sua transmissão de dá do anus para a cavidade oral, através dos dedos, e por poeira, alimentos e roupas contaminadas com ovos do parasita. O mais importante sintoma é o prurido (coceira) anal.

Tricuríase:

Doença prevalente em regiões de clima quente e úmido e condições sanitárias precárias.
Ela causa alterações da motilidade e função do intestino grosso, além de úlceras e abcessos.

Os principais sintomas das parasitoses intestinais são: dores abdominais, diarréia, vômito, náuseas e perda de peso.

É extremamente importante que se tenha bons hábitos higiênicos, como lavagem correta das mãos e dos alimentos e a fervura da água antes de tomá-la, para evitar a infestação por parasitas.



Dicas de como comer fora de casa e ingerir menos calorias


Em restaurantes:

Churrascaria
Prefira carnes magras (filé mignon, alcatra, maminha) ou frango, peixe e peru. Para acompanhar, escolha saladas. Para o couvert, consuma talos de salsão e erva doce, cenoura e pepino ou picles. Na sobremesa, salada de frutas sem chantilly.

Pizzaria
Procure se satisfazer com apenas 2 pedaços de pizza que tenham como cobertura escarola, alho, brócolis, agrião, mussarela de búfala, queijo branco ou ricota.

Japonês
Evite as preparações fritas (como o Hot Filadélfia). Prefira o missoshiro, shitake, sushi e sashimi.

Self service
Comece pelas saladas cruas e os folhosos. Evite os molhos; tempere com limão ou vinagre. Escolha uma carne grelhada, assada ou ensopada sem muita gordura. Acompanhe com legumes no vapor.

Italiano

Dispense os antepastos. Escolha massas sem recheio como espaguete, talharim, rigatoni, fusili, penne e peça um molho de tomate simples (ao sugo) ou à base de vegetais.

Chinês
CUIDADO! Quase todas as preparações são muito gordurosas. Opte por yakissoba de legumes, arroz chinês, carne desfiada com broto de bambu ou outros vegetais.

Em outras situações:

Aniversários /casamentos /coquetéis
Não saia de casa com fome para não “atacar” as bandejas. Resista aos queijos amarelos e frios à base de carne de porco. Opte por queijo branco e mussarela de búfala assim como frios à base de frango e peru. Quanto aos salgadinhos, prefira os assados. Evite empanados e frituras.

Praia
Prefira picolés de frutas, milho verde, água de coco, sucos e muita água.

Cinema
À vontade de “beliscar” pode ser resolvida com uma barra de cereais light, balas e chicletes diet.

No trabalho
Procure lanchar à tarde, preferindo iogurte de frutas light, bolachas de água e sal, frutas ou barra de cereais light.


Lanche
Peça seu lanche sem maionese ou molhos para que você possa dosar a quantidade. Prefira pão árabe, integral, light ou francês sem miolo; queijo branco, cottage; peito de peru, blanquet, salsicha de peru ou frango; alface, tomate, pepino, cenoura ou beterraba raladas. Escolha sucos no lugar de refrigerantes.